sábado, 28 de abril de 2012

Ídolos – Roberto Rivellino, o "Reizinho do Parque"


Nascido em 1º de janeiro de 1946, Roberto Rivellino é sem dúvida o maior jogador da história do Corinthians. A exemplo de Luizinho, outro genial ídolo alvinegro, Rivellino se destacou no time de aspirantes, fazendo com que a torcida chegasse mais cedo ao Pacaembu para vê-lo jogar antes das partidas do time profissional. O "Maloca", apelido pelo qual era conhecido por seus colegas, foi promovido para o time principal em 1965. E assim começou a trajetória de um dos maiores jogadores da história do futebol mundial.

Canhoto, jogava no meio de campo, como armador da equipe. Extremamente habilidoso e capaz de aplicar dribles perfeitos como o "elástico", herança de sua passagem pelo futebol de salão, Rivellino teve uma ascenção meteórica. Com apresentações geniais, em pouco tempo já era titular e camisa 10, conquistando o coração da torcida do clube do Parque São Jorge, que o apelidou de "Reizinho do Parque" em alusão ao Rei Pelé.

Nessa época as convocações para a Seleção Brasileira já eram constantes, e o "Bigode" fez parte do time tricampeão do mundo em 1970, no México. Titular absoluto e um dos mais importantes jogadores da maior Seleção de todos os tempos, Rivellino ficou conhecido pela imprensa mexicana como "Patada Atômica", devido à violência de seu chute de perna esquerda. Ele disputaria também as copas de 74 e 78, herdando a camisa 10 de Pelé, e sendo o maior destaque das campanhas brasileiras.

Mas o período não era dos mais fáceis na história do Corinthians. O clube já vivia um jejum de mais de 10 anos sem títulos de primeira grandeza, e a esperança do torcedor de que Rivellino seria o responsável por tirar o time da fila era enorme. Porém o jogador não conseguiria conquistar o tão desejado título no Corinthians. A situação ficou insustentável após a derrota para o maior rival Palmeiras na final do Paulistão de 1974, por 1x0. Acusado injustamente pela própria torcida de não se impor em campo, acabou sendo o maior responsabilizado pela derrota, e foi negociado com o Fluminense em um dos momentos mais lamentáveis da históra do Corinthians. Assim como diversos ídolos alvinegros, Rivellino saiu pela porta dos fundos do clube, tendo conquistado apenas alguns torneios de menor importância e um Rio-São Paulo em 1966 dividido com Botafogo, Santos e Vasco, apesar de ser o 11º maior artilheiro da história do Corinthians, com 144 gols.

No Rio de Janeiro seria ídolo da "Máquina Tricolor", e novamente provaria seu valor, jogando de forma primorosa e conquistando diversos títulos. Posteriormente Riva jogaria também no Al-Hilal da Arábia Saudita, onde encerrou sua carreira em 1981, aos 35 anos. Nos anos 80 faria parte da Seleção Brasileira de Masters.

Respeitado internacionalmente, Rivellino é o maior ídolo de ninguém menos que Diego Armando Maradona, e recebeu diversos prêmios individuais, como a Bola de Prata da revista Placar em 1971, as eleições para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1970 e para a Seleção da América do Sul de todos os tempos, além do FIFA 100, em 2004, reconhecimento como um dos 100 maiores jogadores de todos os tempos.

Pelo Corinthians:

Jogos:
474

Vitórias:
238

Empates:
136

Derrotas:
100

Gols:
144

Títulos:
Torneio Rio-São Paulo: 1966
Pentagonal do Recife: 1965
Copa Cidade de Turim (ITA): 1966, 1969
Triangular de Goiânia: 1967
Taça Piratininga: 1968
Torneio da Costa do Sol (ESP): 1969
Troféu Apolo V (EUA): 1969
Torneio do Povo: 1971
Torneio Laudo Natel: 1973

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