terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ídolos – Cláudio, o "Gerente"

Cláudio Christovam de Pinho, um dos maiores atacantes da história corinthiana, nasceu em Santos-SP no dia 18 de julho de 1922. Ponta-direita habilidoso e excelente driblador, Cláudio marcou seu nome na história do Corinthians por sua liderança, pelos títulos conquistados e por sua extrema categoria em cobranças de falta e de pênalti, habilidades que o ajudaram a alcançar a impressionante marca de 305 gols com a camisa do clube e a consagrar-se como o maior artilheiro corinthiano em todos os tempos.

O jogador iniciou sua carreira em 1940, no Santos, transferindo-se pouco tempo depois para o Palestra Itália. Logo retornou ao Santos, equipe na qual atuou até 1945, quando foi contratado pelo Corinthians. Na equipe do Parque São Jorge jogou por 12 anos, até 1957, viveu o auge de sua carreira e se transformou em ídolo eterno, recebendo o apelido de "Gerente" pela liderança demonstrada dentro de campo.

Seu início no Corinthians não foi dos mais fáceis. A equipe vivia seu primeiro grande jejum e não levantava nenhuma taça desde 1941. Por isso, o primeiro título de Cláudio no clube foi conquistado somente após alguns anos, em 1950: o Torneio Rio-São Paulo. Essa conquista marca o início de um período até hoje considerado um dos mais gloriosos da centenária história Corinthiana, no qual, compondo a "Santíssima Trindade Corinthiana" (ao lado de Luizinho, o "Pequeno Polegar", e de Baltazar, o "Cabecinha de Ouro"), o "Gerente" Cláudio venceu tudo o que disputou. Em 1951 Cláudio conquistou o Campeonato Paulista – título que o Corinthians não vencia há 10 anos –, fazendo parte do histórico ataque que marcou mais de 100 gols ao longo do campeonato; em 1952 veio o indiscutível bi Paulista; em 1953, outra conquista do Rio-São Paulo e a inédita Pequena Taça do Mundo, na Venezuela, título internacional conquistado de maneira invicta, com 6 vitórias em 6 jogos, sobre equipes como a Roma, da Itália, e o Barcelona, da Espanha; e em 1954, em uma das melhores temporadas da história do Corinthians, mais 2 títulos: outro Rio-São Paulo e o histórico Campeonato Paulista do IV Centenário, edição mais importante do torneio até hoje.

Após essas conquistas, iniciou-se o grande jejum de títulos no Corinthians, que duraria até 1977, e uma crise que parecia não ter fim. Com os maus resultados, Cláudio deixou a equipe e se transferiu para o rival São Paulo, tornando-se um caso raro de atleta que atuou pelos 4 grandes times do estado. Pouco tempo depois, encerraria sua carreira de jogador.

A liderança de Cláudio permitiu que ele treinasse o Corinthians em 3 ocasiões: em 1948 – juntamente com Servílio e Hélio –, e em 1954 – dessa vez sozinho –, Cláudio acumulou as funções de jogador e treinador; em 1958, após encerrar sua carreira de jogador, Cláudio serviu o Timão mais uma vez, agora apenas como treinador.

Pela Seleção Brasileira, Cláudio teve poucas oportunidades, mas conquistou os títulos da Copa Rio Branco de 1947 e do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1949 (atualmente, Copa América).

Cláudio é o maior artilheiro da história do Corinthians, com 305 gols, e o 6º jogador que mais atuou com a camisa do clube, tendo disputado 549 partidas. Foi também o capitão e um dos líderes daquele que é até hoje considerado o maior Corinthians de todos os tempos, vencedor de tudo no início da década de 1950. Todas essas razões fizeram com que o jogador fosse homenageado com um busto no Parque São Jorge, honra que divide apenas com Neco, Luizinho, Baltazar e Sócrates.

Cláudio faleceu em Santos, no dia 1º de maio de 2000, aos 77 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Pelo Corinthians: 

Jogos:
549

Gols:
305

Títulos:
Torneio Rio-São Paulo: 1950, 1953 e 1954
Campeonato Paulista: 1951, 1952 e 1954
Pequena Taça do Mundo: 1953
Copa do Atlântico de Clubes: 1956
Torneio Início do Campeonato Paulista: 1955
Torneio Internacional Charles Miller: 1955
Taça Cidade de São Paulo: 1952
Taça das Missões: 1953
Taça Charles Müller: 1954
Taça dos Invictos: 1956 e 1957
Torneio de Classificação do Campeonato Paulista: 1957
Troféu Bandeirante: 1954

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