Foi um jogaço. Desde os primeiros lances o Timão partiu pra cima, jogando de igual pra igual. Nada de complexo de vira-latas! O Coringão deixou bem claro que não adotaria a postura covarde utilizada pelas demais equipes brasileiras contra os europeus no Mundial, que consiste em se colocar como um time pequeno e inferior, jogando fechado à espera de um milagre. Com o Corinthians, jamais! Deu orgulho demais ver o Corinthians mostrar ao mundo que ninguém é campeão invicto da Libertadores à toa.
O Chelsea teve algumas chances claríssimas de gol, é verdade, e só não marcou porque o Cássio estava em uma noite iluminada e fechou a meta corinthiana. Porém, taticamente, o Timão engoliu os campeões europeus. Eles tiveram um pouco mais posse de bola do que a gente (54 a 46%), mas não conseguiam fazer nada com ela, pois o Corinthians avançou a marcação. Era só os ingleses pegarem na bola que a gente abafava e desarmava. O jeito para eles era apostar nos lançamentos para Fernando Torres, que realmente levaram um certo perigo. Mas a gente tinha Cássio. O camisa 12 corinthiano operou verdadeiros milagres, incluindo diversos chutes à queima roupa, e fez uma linda defesa de mão trocada em um chute de Moses. Não tinha jeito. O jogo era nosso.
As chances ofensivas do Timão foram se tornando cada vez mais frequentes, e tamanho domínio corinthiano não poderia passar em branco. Aos 24 do segundo tempo, em uma ligeira troca de passes, Jorge Henrique ajeitou de cabeça pra Paulinho, que levou a marcação consigo e rolou a bola para Danilo; ele bateu pro gol, mas a bola espirrou na defesa, sobrando na cabeça de Guerrero, que fez o gol do título.
Depois foi só segurar o resultado, não sem antes tomar mais diversos sufocos. O Chelsea inclusive chegou a marcar um gol, mas Torres estava impedido, e os milhares de Corinthianos que atravessaram o mundo para acompanhar o time do coração foram recompensados com mais uma taça, levantada pelo capitão Alessandro com os olhos cheios de lágrimas.
Além do título, o Corinthians recebeu diversos prêmios individuais: Cássio foi eleito o melhor jogador em campo na final, levando pra casa um carro da Toyota como prêmio, e também recebeu a Bola de Ouro como o melhor jogador do Mundial; Guerrero, autor dos dois gols corinthianos no torneio, recebeu a Bola de Bronze; e Tite foi escolhido como o melhor técnico da competição. Fora isso, ao longo de todo o ano de 2013 o Corinthians terá a honra de estampar sua camisa com um distintivo especial da FIFA reservado à atual equipe campeã do mundo.
Veja o gol do título no vídeo:
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