segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pós-jogo: Portuguesa 4x0 Corinthians

Campeonato Brasileiro 2013 – 24ª rodada

Assim é o Corinthians de 2013: quando você acha que já passou por todas as humilhações possíveis, como perder para o Luverdense e ficar sei lá quantos minutos sem vencer ou mesmo marcar um mísero gol, vem uma vergonha que supera todas as outras.

Foi o que aconteceu ontem, em Campo Grande, no 4x0 que a Portuguesa nos aplicou. Não me lembro qual foi a última vez que tomamos uma goleada como essa – na era Tite, nunca aconteceu. Também não me lembro qual foi a última partida em que fomos humilhados por uma equipe do nível da Portuguesa. Aliás, a Lusa não é aquela equipe que ficou o primeiro turno inteiro na zona de rebaixamento? Pois é, ela já está na nossa frente.

Brigaremos para não cair. Essa é a triste realidade. E conforme já prometido, me recuso a comentar momentos patéticos como este.

Para os masoquistas de plantão, vejam os gols no vídeo:

           

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pós-jogo: Corinthians 0x0 Grêmio

Copa do Brasil 2013 – Quartas de final: primeiro jogo

Sem muitas novidades no 0x0 entre Corinthians e Grêmio na noite de ontem, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Nosso ataque mais uma vez passou em branco, muito por causa da famosa ineficiência do meio-campo, que pouco criou; nossa defesa novamente segurou tudo lá atrás; e a equipe gaúcha, como sempre costuma acontecer quando enfrenta a gente, se preocupou mais em dar pancada do que em jogar bola. Nada surpreendente.

Também não surpreende o fato de que o resultado é horroroso para quem deve decidir a parada fora de casa. Ainda que uma vitória nossa no sul seja possível, assim como um empate com gols, que também nos classifica, o fato é que a chance de dar zica é grande.

Tá difícil...

Mas verdade seja dita: o time brigou. Especialmente com Emerson, o time mostrou uma luta que há muito não se via. A raça já voltou; agora é esperar a qualidade dar as caras mais uma vez.

Detalhe importante: ontem teve gol mal anulado em impedimento mal marcado e pênalti não assinalado a nosso favor. Se o prejudicado fosse o adversário já teria gente indo reclamar até com o Papa. Sendo a gente, ninguém abre o bico. Mas não sou eu quem vai ficar batendo nessa tecla, porque não somos time de chororô.

Ainda temos um mês até o jogo de volta. Bora, Corinthians!
           

domingo, 22 de setembro de 2013

Pós-jogo: Corinthians 0x0 Cruzeiro

Campeonato Brasileiro 2013 – 23ª rodada

O ataque, que nunca funciona, continuou não funcionando. A defesa, que costuma ser elogiada mas deu uma rateada nas últimas rodadas, voltou a dar conta do recado. Resultado: Corinthians 0x0 Cruzeiro.

No primeiro tempo, mal tocamos na bola. Fomos bombardeados pelo Cruzeiro e só não levamos uma sacola de gols porque Cássio, em tarde iluminada, fez um milagre atrás do outro. Na segunda etapa, em compensação, jogamos praticamente sozinhos, mas o infeliz ataque corinthiano – aquele que só não é pior do que o do Náutico na competição e que marcou um mísero gol nos últimos 6 jogos – mais uma vez foi incapaz de finalizar com competência e colocar a bola no fundo do gol adversário.

No fim das contas, o resultado acabou sendo justo, e, na fase em que estamos, empatar em casa às vezes é bom negócio. Se contentar com isso em pleno Pacaembu, ainda que seja contra o time líder da competição e que acumula impressionantes 72,5% de aproveitamento, parece pouco para um clube da grandeza do Corinthians, mas é hora de sermos racionais: o Brasileirão já foi para o vinagre e mesmo uma vaga para a Libertadores 2014 via G4 parece a cada dia mais improvável (ainda estamos a 8 pontos do Grêmio, 4º colocado). Assim, o jeito vai ser focar na Copa do Brasil, torneio pelo qual temos compromisso daqui a 3 dias, contra o Grêmio, também no Pacaembu. E pra quem já está com moral baixa, melhor jogar na quarta-feira sem ter perdido hoje.

Por falar em Copa do Brasil, estamos às vésperas de uma partida muito importante e o momento não é de bombardear jogadores e comissão técnica, e sim de apoiar. Há muito tempo vem sendo dito que esse Corinthians de Tite é time de decisão, e a gente sabe que quando o bicho pega os caras acordam. Foi assim na fase final do Paulistão deste ano, foi assim na Recopa, e vamos torcer para que seja assim também na Copa do Brasil.

Já estou com saudades de comentar uma vitória aqui. Que seja na próxima partida.
         

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pós-jogo: Ponte Preta 2x0 Corinthians

Campeonato Brasileiro 2013 – 22ª rodada

Torcer para o Corinthians é algo diferente. Bons resultados às vezes não bastam para nos satisfazermos e nem sempre derrotas são encaradas negativamente por nós. O que importa é jogar com o coração, com raça, dar o sangue em campo, se esforçar SEMPRE, atuando como se todo lance ao longo de 90 minutos fosse o último da vida de quem está em campo. Mas, como podemos ver no momento atual do clube, nem sempre isso acontece.

Jamais tive vergonha de ser corinthiano. Tive, confesso, vergonha de alguns que vestiram a camisa do Corinthians e de outros envolvidos no comando do clube ao longo dos anos. Mas de ser corinthiano, e do Corinthians em si, que é o que importa, jamais.

Nem mesmo em 2007, ano de nosso rebaixamento e nossa maior crise em todos os tempos. Naquela época, vergonha era ter no elenco caras sem o mínimo de comprometimento e respeito com o clube. Jogando com Zelão, Fábio Ferreira e Lulinha, o rebaixamento foi consequência.

O Corinthians é tão diferente do resto das equipes que algumas vezes vivemos momentos vitoriosos mas não temos o menor orgulho de quem nos representa ali. Alguém tem saudades do elenco campeão brasileiro em 2005, por exemplo? Pra quem se acostumou com deuses da raça como Idário, Zé Maria e Wilson Mano, dá pra aceitar chinelinhos como Roger, Gustavo Nery e Carlos Alberto, que atuavam no clube naquela época?

Atualmente vivemos uma situação parecida, mas ao mesmo tempo inédita. A vontade é de protestar e exigir a saída de pelo menos metade do elenco, incluindo o treinador, mas todos nós, há poucos meses, tínhamos a sensação de que nosso técnico era genial, que Romarinho era um iluminado, que Emerson era a personificação da vontade corinthiana em campo, que Danilo era o jogador mais decisivo do país etc. etc. etc. Como pode a realidade se alterar tanto em tão pouco tempo? Como pode o atual campeão do mundo se aproximar cada vez mais da zona de rebaixamento em um campeonato de nível técnico baixíssimo? Como pode um ataque que vale quase 50 milhões ter média de 1 gol por partida? Como pode a defesa mais elogiada dos últimos anos ceder gols imbecis a qualquer equipe de Zé Ruelas que nos enfrente? É revoltante.

É revoltante especialmente porque os salários, altíssimos, estão em dia; porque a estrutura é de primeiro mundo; porque as condições de trabalho são as melhores possíveis. É revoltante porque o discurso de jogadores e comissão técnica após cada vacilo, assim como o (medíocre) futebol apresentado, é sempre o mesmo. É revoltante porque os objetivos do Corinthians na temporada vão ficando a cada dia menos dignos da grandeza do clube: em fevereiro buscava-se o bi da Libertadores; hoje, a 19 pontos do líder, já desistimos do hexa brasileiro, nos afastamos do G4, vemos nossas chances no Brasileirão por um binóculo e em breve lutaremos para não cair – fora a Copa do Brasil que, convenhamos, não iremos vencer. Mas é mais revoltante ainda por sabermos que todo mundo que está ali pode render mais, e embora o discurso seja sempre de que "não falta vontade", os caras se arrastam em campo. Sempre sai uma nota, após cada partida, dizendo que o clima no vestiário era de velório. E no jogo seguinte, alguém faz alguma coisa? Alguém move um palito pra alterar a situação?

Ah, a revolta é tamanha que não comentamos a partida de ontem: mais uma derrota vergonhosa e um desempenho pífio. Dessa vez, quem nos deu um baile foi a Ponte Preta, vice-lanterna e virtual rebaixada para a Série B – equipe que não ganhava há 8 jogos e acumulava 7 derrotas seguidas até semana passada.

Parabéns, Corinthians.

Veja os gols no vídeo:

           

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ídolos – Cláudio, o "Gerente"

Cláudio Christovam de Pinho, um dos maiores atacantes da história corinthiana, nasceu em Santos-SP no dia 18 de julho de 1922. Ponta-direita habilidoso e excelente driblador, Cláudio marcou seu nome na história do Corinthians por sua liderança, pelos títulos conquistados e por sua extrema categoria em cobranças de falta e de pênalti, habilidades que o ajudaram a alcançar a impressionante marca de 305 gols com a camisa do clube e a consagrar-se como o maior artilheiro corinthiano em todos os tempos.

O jogador iniciou sua carreira em 1940, no Santos, transferindo-se pouco tempo depois para o Palestra Itália. Logo retornou ao Santos, equipe na qual atuou até 1945, quando foi contratado pelo Corinthians. Na equipe do Parque São Jorge jogou por 12 anos, até 1957, viveu o auge de sua carreira e se transformou em ídolo eterno, recebendo o apelido de "Gerente" pela liderança demonstrada dentro de campo.

Seu início no Corinthians não foi dos mais fáceis. A equipe vivia seu primeiro grande jejum e não levantava nenhuma taça desde 1941. Por isso, o primeiro título de Cláudio no clube foi conquistado somente após alguns anos, em 1950: o Torneio Rio-São Paulo. Essa conquista marca o início de um período até hoje considerado um dos mais gloriosos da centenária história Corinthiana, no qual, compondo a "Santíssima Trindade Corinthiana" (ao lado de Luizinho, o "Pequeno Polegar", e de Baltazar, o "Cabecinha de Ouro"), o "Gerente" Cláudio venceu tudo o que disputou. Em 1951 Cláudio conquistou o Campeonato Paulista – título que o Corinthians não vencia há 10 anos –, fazendo parte do histórico ataque que marcou mais de 100 gols ao longo do campeonato; em 1952 veio o indiscutível bi Paulista; em 1953, outra conquista do Rio-São Paulo e a inédita Pequena Taça do Mundo, na Venezuela, título internacional conquistado de maneira invicta, com 6 vitórias em 6 jogos, sobre equipes como a Roma, da Itália, e o Barcelona, da Espanha; e em 1954, em uma das melhores temporadas da história do Corinthians, mais 2 títulos: outro Rio-São Paulo e o histórico Campeonato Paulista do IV Centenário, edição mais importante do torneio até hoje.

Após essas conquistas, iniciou-se o grande jejum de títulos no Corinthians, que duraria até 1977, e uma crise que parecia não ter fim. Com os maus resultados, Cláudio deixou a equipe e se transferiu para o rival São Paulo, tornando-se um caso raro de atleta que atuou pelos 4 grandes times do estado. Pouco tempo depois, encerraria sua carreira de jogador.

A liderança de Cláudio permitiu que ele treinasse o Corinthians em 3 ocasiões: em 1948 – juntamente com Servílio e Hélio –, e em 1954 – dessa vez sozinho –, Cláudio acumulou as funções de jogador e treinador; em 1958, após encerrar sua carreira de jogador, Cláudio serviu o Timão mais uma vez, agora apenas como treinador.

Pela Seleção Brasileira, Cláudio teve poucas oportunidades, mas conquistou os títulos da Copa Rio Branco de 1947 e do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1949 (atualmente, Copa América).

Cláudio é o maior artilheiro da história do Corinthians, com 305 gols, e o 6º jogador que mais atuou com a camisa do clube, tendo disputado 549 partidas. Foi também o capitão e um dos líderes daquele que é até hoje considerado o maior Corinthians de todos os tempos, vencedor de tudo no início da década de 1950. Todas essas razões fizeram com que o jogador fosse homenageado com um busto no Parque São Jorge, honra que divide apenas com Neco, Luizinho, Baltazar e Sócrates.

Cláudio faleceu em Santos, no dia 1º de maio de 2000, aos 77 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Pelo Corinthians: 

Jogos:
549

Gols:
305

Títulos:
Torneio Rio-São Paulo: 1950, 1953 e 1954
Campeonato Paulista: 1951, 1952 e 1954
Pequena Taça do Mundo: 1953
Copa do Atlântico de Clubes: 1956
Torneio Início do Campeonato Paulista: 1955
Torneio Internacional Charles Miller: 1955
Taça Cidade de São Paulo: 1952
Taça das Missões: 1953
Taça Charles Müller: 1954
Taça dos Invictos: 1956 e 1957
Torneio de Classificação do Campeonato Paulista: 1957
Troféu Bandeirante: 1954

Para ver uma lista dos principais ídolos da história do Corinthians, clique aqui.

Para acessar os posts sobre outros ídolos da história do Corinthians, clique aqui.
      

domingo, 15 de setembro de 2013

Pós-jogo: Corinthians 1x2 Goiás

Campeonato Brasileiro 2013 – 21ª rodada

Time que perde pro Goiás em casa não merece nem texto.

Veja os gols no vídeo:

       

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pós-jogo: Botafogo 1x0 Corinthians

Campeonato Brasileiro 2013 – 20ª rodada

Perdemos mais uma, novamente jogando mal e novamente sem marcar gols. Com a derrota, nem adianta sonhar: o hexa foi pro espaço, e se bobear, o G4 também.

Levar um gol aos 44 do segundo tempo pode parecer injusto, mas é o castigo mais que merecido para um time que faz a campanha patética como a nossa nesse campeonato. O ataque segue como um dos piores da competição – já são mais de 270 minutos sem balançar redes adversárias –, e a pergunta é tão básica quanto inevitável: como ganhar jogos sem marcar gols?

Nosso próximo compromisso é domingo, contra o Goiás, no Pacaembu. Nem adianta falar que vitória é obrigação e blá blá blá. Obrigação é honrar essa camisa. Ou alguém quer jogar a Sul-americana ano que vem?

Veja o gol no vídeo:

   

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pós-jogo: Corinthians 0x0 Náutico

Campeonato Brasileiro 2013 – 19ª rodada

Um primeiro turno patético como o que fizemos não poderia terminar bem. Dessa vez o tropeço foi contra o Náutico, time que faz a pior campanha da história do Brasileirão em pontos corridos, com apenas 9 pontos somados em 57 disputados. Resultado: um 0x0 vergonhoso.

Pois é, não conseguimos fazer gols em um time que já levou 32 nesse campeonato (até a Ponte Preta conseguiu fazer 3 nos caras, e nós não fizemos nenhum). Continuamos como um dos times que mais empata, continuamos com um dos piores ataques da competição e, pior, continuamos praticando um futebolzinho medíocre, de causar sono e irritação até mesmo nos torcedores mais fanáticos.

Título, sem chance.

G4, tá difícil.

E aí, Corinthians, vai acordar quando?
       

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Pós-jogo: Internacional 1x0 Corinthians

Campeonato Brasileiro 2013 – 18ª rodada

Perdemos. Depois de uma sequência de 10 jogos sem derrota (5 vitórias e 5 empates), voltamos a render menos do que o esperado e perdemos para o Inter por 1x0.

Perdemos também a chance de voltar ao G4 – continuamos na 5ª posição – e a possibilidade de encostar no líder Cruzeiro, que ontem venceu mais uma e abriu 8 pontos de vantagem sobre a gente.

É, tá difícil. Domingo a obrigação é ganhar do Náutico em casa e buscar a retomada pro 2º turno.

Veja o gol no vídeo:

     

domingo, 1 de setembro de 2013

Pós-jogo: Corinthians 4x0 Flamengo

Campeonato Brasileiro 2013 – 17ª rodada

Não é sempre que o Corinthians tem a oportunidade de jogar no dia do aniversário do clube, e mais difícil ainda é calhar desse dia ser em uma partida em casa, diante da nossa torcida. Quando isso acontece, a gente quer vitória, é verdade, mas o que realmente importa é ver o time honrando a nossa tradição de 103 anos e jogando com amor à camisa, com raça, como estamos acostumados.

Mas alguém acreditava em uma goleada de 4x0 no Flamengo, fora o baile, na melhor partida do time nesta temporada? 

Fazia tempo que a cobrança do torcedor era em relação à postura do time. Faltava energia, faltava suar a camisa. Hoje, em compensação, transbordou em campo tudo o que faltou nas últimas partidas. A pegada do time foi de encher o corinthiano de orgulho durante os 90 minutos, e a gente sabe muito bem que quando a raça entra em campo o Corinthians é quase impossível de ser batido.

Agora é torcer pra que o desempenho da nossa equipe não tenha sido um evento isolado motivado pelo aniversário e esperar que o time jogue nesse nível sempre.

Veja os gols no vídeo: